Pesquisa

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A pesquisa jurídica vista pelas estudantes Nathalia e Cecilia

A disciplina de Pesquisa Jurídica que atuei como docente no segundo semestre de 2013, foi um desafio desempenhado com sucesso com as alunas Cecília Jaques e Nathalia Gonçalves, que  participaram como representante e monitora da turma.

São delas os textos do blog que servirão de análise e contextualização das metodologias ativas que procuramos aplicar na disciplina de pesquisa jurídica. A perspectiva era de que os estudantes buscassem problematizar as temáticas e as hipóteses construindo o melhor caminho para a escrita do texto final da monografia. Parafraseando Paulo Freire:

É neste sentido que, para mulheres e homens, estar no mundo necessariamente significa estar com o mundo e com os outros. Estar com o mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem “tratar” a sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência ou tecnologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar não é possível.  (FREIRE, 1996, p. 57-58).
 

Sem mais delongas, eis os textos das estudantes abaixo: 

Cecília Jacques
O segundo semestre de 2013 foi marcante para os alunos da disciplina de pesquisa jurídica. Desde o primeiro dia de aula era nítido o olhar assustado de alguns, em que a grande maioria nem sabia ao certo quais as atividades seriam realizadas no decorrer do semestre, mas, aos poucos todos tiveram uma certeza, era chegado o momento de produzir.

Com uma metodologia inovadora, os elementos do projeto de pesquisa foram sendo elaborados nas aulas, momento em que os textos dos alunos eram revisados, buscando refinar os temas para o tão esperado momento da conclusão e apresentação do projeto, para almejar com maior segurança a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso.

Houve muitas dúvidas, questionamentos e até mesmo desistência de alguns alunos, há quem diga que a disciplina de pesquisa jurídica foi de vital importância para o entendimento das normas da ABNT, a saber como pesquisar, outros concluíram que essa disciplina deveria ser ofertada desde o início do curso, pois assim saberiam como elaborar um trabalho com qualidade. Por outro lado, houve também questionamentos sobre a real necessidade dessa matéria, será que é realmente necessário passar um semestre aprofundando sobre o possível tema do seu TCC?

A didática da professora Neide também foi questionada, alvo de críticas (positivas e negativas), mais uma vez foi apontado por alguns alunos de que houve uma "pressão psicológica" para que fosse elaborado os projetos. Mas, por outro lado, muitos elogiaram e disseram que essa cobrança é saudável e, na maioria das vezes, necessária para elaborar um trabalho de qualidade.

Hoje, percebemos que, mesmo entre possíveis pontos favoráveis e desfavoráveis, houve uma produtividade e amadurecimento da turma. E, muitos estudantes que no início do semestre não tinham nem a perspectiva de um tema definido, já estavam em busca de possíveis orientadores para auxiliarem nos semestres seguintes. Mas, em contrapartida, observamos ao final do semestre que, apesar de inúmeros avisos sobre a necessidade de pesquisar, escrever e seguir as regras da ABNT, alguns poucos, ainda, de forma equivocada, copiaram citações sem citar a autoria, caracterizando o recorrente plágio, tão combatido pelos professores, mas, tão comum entre os alunos. Para esses casos restou uma única alternativa de nota para a professora Neide, o "sem aproveitamento".

Todavia, até nesses casos, acreditamos que houve sim, um aprendizado, para os estudantes, que, surtirá como um incentivo para que o trabalho apresentado na disciplina seja original e fidedigno aos materiais utilizados na produção dos trabalhos acadêmicos.

Por fim, é preciso destacar que os ensinamentos, as orientações, a disponibilidade e, até mesmo, as dicas informais da professora Neide foram de fundamental importância para o bom desenvolvimento da disciplina, mas, que o grande diferencial dessa matéria é o interesse do estudante em buscar realizar um bom projeto de pesquisa, pois este servirá de base para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, e que isso só é possível com o empenho pessoal de cada aluno. Cecilia Jacques – Representante da Turma

Nathalia Gonçalves
As aulas da disciplina Pesquisa Jurídica ministradas pela professora Neide Aparecida Ribeiro, foram um presente de agregação de conhecimento à minha estada como acadêmica do curso de Direito.

Com um convite sutil dela por telefone, para ser sua monitora, senti-me importante por fazer parte da metodologia desenvolvida em sala de aula com uma turma de 55 alunos.  A metodologia foi inovadora, uma vez que os estudantes desenvolviam em cada aula um tópico real do projeto, tendo-o em mãos, ainda no meio do semestre, já concluído.

A docente corrigiu, por etapas, a cada aula todos os trabalhos feitos no dia. A relação com os estudantes foi a mais estreita possível para que cada um alcançasse o objetivo final, o projeto de pesquisa feito com primor.

Para melhor auxiliar os estudantes na confecção do projeto de pesquisa, li o livro do professor Salo de Carvalho, “Como (não) se faz um Trabalho de Conclusão de Curso”, e uma das afirmações dele indica que os estudantes, de Direito, acreditam que vão estudar o tema escolhido para o projeto de pesquisa nas vias de sua elaboração, em vez de já terem um prévio conhecimento adquirido sobre o tema. Essa foi a maior dificuldade que identifiquei na turma, a escolha do tema por não terem, na maioria dos casos, um conhecimento prévio sobre o tema selecionado.

No entanto, passada a fase de delimitação do tema, todas as aulas foram estimulantes. As descobertas de cada acadêmico, com relação aos seus temas e o desenvolvimento da pesquisa foram logo perceptíveis, a ponto de gerarem orgulho de vê-los crescer na análise e investigação dos temas escolhidos para a pesquisa.

E de fato isso aconteceu, ficando claro nas apresentações dos alunos que alguns deles já poderiam se apresentar para uma banca examinadora de Trabalho de Conclusão de Curso. Em todas as apresentações identifiquei um polimento crescente nos estudantes e, fazer parte desse crescimento me fez crescer mais ainda e a me identificar com a docência. O cotidiano com os estudantes, como monitora, deu-me uma nova visão do conhecimento, muito mais apaixonada e crítica, principalmente com as questões sociais brasileiras. Nathalia Gonçalves – Monitora da turma


Turma de pesquisa jurídica do Curso de Direito da UCB. Crédito da foto: Neide A. Ribeiro.



Turma de Pesquisa Jurídica do segundo semestre de 2013. Crédito da fotografia: Luiz Henrique Matias da Cunha.




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

MARCO CIVIL DA INTERNET



A lei visa prioritariamente estabelecer critérios para o uso da rede pelos internautas e também garantir a proteção à privacidade de dados pessoais na forma da lei. Uma questão que tem provocado muita polêmica diz respeito a neutralidade prevista no inciso IV, do art. 3º. Que significa direcionar os pacotes de informação de dados que trafegam diariamente na rede rede digital sem discriminação. Ou seja, se um consumidor paga por 2 megas de velocidade ele deve ter a liberdade de usar o que adquiriu para o que bem entender, sem restrições, como youtube ou Skype.

Quanto à privacidade da rede o tema é muito polêmico. O art. 10 preconiza a respeito sobre a “guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de conexão a aplicações de Internet de que trata esta Lei devem atender a preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas”.

Nesse caso enquadraria perfeitamente no perfil Lulu em que as mulheres avaliam os homens anonimamente, ferindo sobremaneira os direitos da honra e até a dignidade dessas pessoas. Tanto é que, o Segundo o promotor Leonardo Bessa do ministério Público do Distrito Federal, os homens não tem opção de resposta ao explicar o seguinte: "que haja uma autorização genérica nos termos de uso do Facebook  não é o suficiente para que as informações dos usuários sejam utilizadas em outros aplicativos quando se trata do direito à faz e dignidade. Nesses casos é necessário um consentimento específico", afirma Bessa. 


Essa matéria pode ser encontrada no portal



Para saber mais segue o link completo  da reportagem.

http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/jornal-da-eptv/videos/t/edicoes/v/plenario-vota-por-conjunto-de-regras-da-internet/2950163/

 

 


domingo, 3 de novembro de 2013

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL




Trinta e quatro estudantes do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília visitaram o Supremo Tribunal Federal no dia 30 de outubro de 2013, quarta-feira, data da 29ª. Sessão Plenária daquela Corte.

Os estudantes da UCB puderam na oportunidade, não só ter acesso a Corte mas também um momento único em que o Ministro Marco Aurélio de Mello antes do início da sessão após dar as boas-vindas à turma, explicar-lhes magistralmente que o estudo do Direito não deve ser apenas destinado para as provas, mas para a vida acadêmica que deve ser muito bem aproveitada.

Explicitou que as pessoas não dão um passo sem o contato com o Direito e que a lei deve ser usada para servir o homem e não o homem para servir a lei.  Mesmo que muitas vezes as pessoas se esquecem disso. Alertou que o tempo na academia deve ser muito bem aproveitado.
Essa palavra mansa mas, firme do Ministro Marco Aurélio de incentivo e exemplo de vida como magistrado dirigida aos alunos e alunas resultou em imediata sinergia e entusiasmo para levar adiante os vários projetos de vida pessoal e profissional que possuem. 
   
Quanto à visita, foi considerada por todos(as) como uma das melhores que puderam fazer. Além da oportunidade de conhecer as dependência do STF com muita descontração (mesmo obedecendo todos os protocolos da Corte), ainda participaram da sessão plenária em que houve, inclusive, duas sustentações orais.

As visitas aos Tribunais e instituições públicas acompanhadas pelos Professores retrata uma nova realidade dialógica integrante das metodologias ativas implementada pela Universidade Católica de Brasília. Traduz o respeito à participação do estudante como sujeito na relação ensino-aprendizagem mobilizada em interesses conjuntos que consistem em construção consistente do conhecimento.

Nesse contexto o Supremo Tribunal Federal foi escolhido por ser a instituição mais importante do regime republicano. É considerado o guardião da Constituição Federal de 1988, (CF, art. 102) e Corte Máxima de toda a Federação (CF, arts. 36, IV, 102, I, f) competindo-lhe apreciar e julgar as mais elevadas autoridades públicas bem como as relações internacionais das quais o Brasil faça parte.


Estudantes do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília  com o Ministro Ricardo Lewandowski na visita ao Supremo no dia 30/10/2013. Crédito da foto: Filipe Sampaio.


Estudantes do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília  em visita ao Supremo no dia 30/10/2013. Crédito da foto:Neide Aparecida Ribeiro
Estudantes do curso de Direito da UCB em visita ao STF. Crédito da foto: Maria de Fátima Nunes da Silva.


Professora Neide Aparecida Ribeiro no plenário do STF

 Estátua "A Justiça"/crédito: imagem do Google acesso em  3 nov. 2013.

Estudantes do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília  com o Ministro Ricardo Lewandowski na visita ao Supremo no dia 30/10/2013. Crédito da foto: Gervásio Batista/SCO.

Imagem geral do plenário/ crédito: imagem do Google acesso em 3 nov. 2013.



Vídeo do pleno do STF no dia 30.10.13

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