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domingo, 27 de outubro de 2013

O Sistema prisional brasileiro



A convite do Dr. Silvio Javier Battello, organizador do evento e Professor da Faculdade Dom Bosco, no dia 23 de outubro de 2013, tive a honra de ministrar a palestra de abertura do "III Seminário Internacional de Direito e pós-modernidade" naquela instituição de ensino superior sediada na belíssima cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. 

 Expliquei, naquela oportunidade, que o sistema prisional brasileiro sempre foi permeado por uma legislação que se encontra em total descompasso com a realidade prisional fruto de um sistema penal fechado pelos comandos das agências coordenadas pelas classes abastadas, pela polícia e pelos sistemas de justiça.

As quantidades de sanções que foram introduzidas nas legislações até o Código Penal de 1940, denotam um cipoal de estilos que ostentaram os suplícios corporais até chegar à atual pena privativa de liberdade entre outras espécies modernas de controle, ampliando cada vez mais o alcance do sistema punitivo. 

O resultado, portanto, é que no período de 2000 a 2010, tivemos um aumento da população prisional. Em 2000, tínhamos 232.755 pessoas inseridas no sistema prisional, enquanto que em 2010 esse patamar subiu para 496.251 pessoas. O Ministério da Justiça informa que em dezembro de 2012, a população carcerária ultrapassou o patamar das quinhentos mil pessoas. Ou seja, a criminalização primária (legislador), permite que o sistema penal possa inserir as pessoas que infringirem a legislação vigente.  Assim sendo, em dezembro de 2012, esse número subiu ainda mais: agora temos  548.003 pessoas incluídas no sistema prisional alçadas pela criminalização secundária. 
(Fonte: Ministério da Justiça-Infopen).   



Palestra ministrada na Faculdade Dom Bosco, em Porto Alegre - RS


Palestra ministrada na Faculdade Dom Bosco, em Porto Alegre - RS



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