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sábado, 2 de novembro de 2013

VISITA À PAPUDA

A pergunta é “aprender sim... mas como?”  Partindo da obra de Philippe Meirieu, o autor apresenta várias ferramentas que podem ser utilizadas como suporte de ensino aprendizagem, entre elas, a ação dialógica fora da sala de aula.

Em 2013, essa possibilidade foi oferecida aos docentes da Universidade Católica de Brasília sob a forma das “metodologias ativas” as quais podem proporcionar aos estudantes maior autonomia na condução das práticas de estudo.

Nesse contexto, Meirieu explica que a ação didática “pode partir do sujeito como ele é e deve ter como fim enriquecer suas competências e permitir que experimente novas estratégias” (MEIRIEU, 1998, p.135).

Com o objetivo de experimentar tais estratégias adotando-se as metodologias ativas como parâmetros, acompanhei vinte e vinte e dois estudantes do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília, das disciplinas de Direito Processual Penal II, III e Pesquisa Jurídica, na visita no dia 29 de outubro à Unidade da PDF I da PAPUDA no Distrito Federal.

Foi uma atividade extra classe que possibilitou um conhecimento diferenciado. Os(as) estudantes muitas vezes possuem uma ideia totalmente distorcida da realidade prisional. Segundo dados do Depen, em todo o complexo prisional há um total há 6.562 vagas e 12.200 pessoas cumprindo penas presas com 85,91% de excedente no sistema prisional.     

Na oportunidade, foi feito o percurso interno apenas na PDFI, local onde havia sido previamente agendado em que todos puderam conhecer o banho de sol dos presos, o trabalho executado por eles como a confecção de bandeiras e as celas em que cumprem as respectivas penas.

Além da visita que ocupou toda a manhã, para reforçar o conhecimento teórico os estudantes foram incentivados a elaborar relatórios críticos em que poderão pontuar os pontos positivos e negativos da referida atividade. Retornando a Meirieu, é uma nova proposta metodológica em que se permite avaliar uma situação problema de aplicação de pena no Brasil, e ao mesmo tempo, tomar conhecimento dela permitindo-se ao sujeito, in casu, o estudante, ter uma capacidade crítica identificável.

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