A
pergunta é “aprender sim... mas como?” Partindo da obra de Philippe Meirieu, o autor apresenta
várias ferramentas que podem ser utilizadas como suporte de ensino aprendizagem,
entre elas, a ação dialógica fora da sala de aula.
Em
2013, essa possibilidade foi oferecida aos docentes da Universidade Católica de
Brasília sob a forma das “metodologias ativas” as quais podem proporcionar aos
estudantes maior autonomia na condução das práticas de estudo.
Nesse
contexto, Meirieu explica que a ação didática “pode partir do sujeito como ele
é e deve ter como fim enriquecer suas competências e permitir que experimente
novas estratégias” (MEIRIEU, 1998, p.135).
Com
o objetivo de experimentar tais estratégias adotando-se as metodologias ativas
como parâmetros, acompanhei vinte e vinte e dois estudantes do Curso de Direito
da Universidade Católica de Brasília, das disciplinas de Direito Processual
Penal II, III e Pesquisa Jurídica, na visita no dia 29 de outubro à Unidade da
PDF I da PAPUDA no Distrito Federal.
Foi
uma atividade extra classe que possibilitou um conhecimento diferenciado.
Os(as) estudantes muitas vezes possuem uma ideia totalmente distorcida da realidade
prisional. Segundo dados do Depen, em todo o complexo prisional há um total há 6.562 vagas e 12.200 pessoas cumprindo penas presas com 85,91%
de excedente no sistema prisional.
Na
oportunidade, foi feito o percurso interno apenas na PDFI, local onde havia
sido previamente agendado em que todos puderam conhecer o banho de sol dos
presos, o trabalho executado por eles como a confecção de bandeiras e as celas
em que cumprem as respectivas penas.
Além
da visita que ocupou toda a manhã, para reforçar o conhecimento teórico os
estudantes foram incentivados a elaborar relatórios críticos em que poderão
pontuar os pontos positivos e negativos da referida atividade. Retornando a
Meirieu, é uma nova proposta metodológica em que se permite avaliar uma
situação problema de aplicação de pena no Brasil, e ao mesmo tempo, tomar
conhecimento dela permitindo-se ao sujeito, in
casu, o estudante, ter uma capacidade crítica identificável.
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