
Hanna Arendt explica que a
violência envolve relação de poder. Foucault na obra “Vigiar e Punir” afirma que
o suplício dos corpos e o sofrimento de quem está em uma condição de
vulnerabilidade, pode ser encontrado em três ambientes: prisão quartel e escola, lugares
que o autor francês denomina de instituições totais (ARENDT, 2009; FOUCAUT, 2009).
Das três, no post de hoje irei me deter na
instituição – escola. Um lugar de convivência dos professores, estudantes, pais e profissionais que permeiam o locus escolar,
onde o aprendizado e o ensino convivem juntos na busca do conhecimento.
Retomando o foco – tema de
hoje – violência na escola, a pergunta é: qual ou quais os principais problemas relacionados
à violência na escola? Na pesquisa realizada sobre bullying e cyberbullying, em 4 (quatro) escolas de Palmas –
Tocantins, as falas dos estudantes entrevistados revelaram que o diálogo é
fundamental no ambiente escolar. Esconder ou não enfrentar casos de conflitos
dos e entre os estudantes, desconhecer
as novas formas de violência que ocorrem no meio presencial e virtual, não se
interessar pelas novas modalidades de violência virtual são situações que
reduzem as chances dos estudantes relatarem as situações de violências que são
ou foram vítimas.
As notícias veiculadas na
mídia revelaram que os estudantes que foram os autores do ataque às pessoas
(professores e alunos) da escola de Suzano em São Paulo eram vítimas de bullying. Não existe
justificativa para o nível de violência e sofrimento a todas aquelas vítimas
vulnerabilizadas em um ambiente fechado, sem direito à defesa, entretanto, é
preocupante saber que os autores dos disparos além de agressores também foram vítimas do bullying.
Fontes:
Arendt, Hannah. Sobre a violência. Tradução de André de Macedo Duarte. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. De Raquel Ramalhete.
Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. Imagem: Google imagens.
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